teoria gnóstica
Lucas Ragazzi, Gabriel Contin, Ricardo Nery, Leandro Vita e Guilherme Henrique
Quando Carla Alcione, 48 anos, planejou passar uma divertida manhã de domingo com o filho de 12 anos no Parque Municipal Cássia Eller, no bairro Paquetá, foi surpreendida. A manicure foi recebida na porta de entrada com portões fechados, cancelas imóveis e seguranças abruptos. Isso porque, apesar de público, o local está fechado para visitantes que não são moradores do Condomínio Fazenda da Serra, situado exatamente ao redor do local. Lá estão 28 mil metros quadrados construídos para puro lazer da população da região da Pampulha, onde encontram-se quadras poliesportivas, grama em ótimo estado, bebedouros e equipamentos de ginástica.
Construído em 2000, o parque é uma das compensações ambientais previstas no loteamento da área de 516 mil metros quadrados - onde foram construídas luxuosas mansões. Entre os moradores do condomínio, estão gerentes comerciais de grandes empresas, renomados jogadores de futebol, músicos e políticos. Para chegar até o parque, é necessário passar por uma reforçada guarita, equipada com cancela e câmeras de vídeo. Lá, dois seguranças exigem a apresentação da carteira de identidade, o motivo da visita ao condomínio e qual morador você irá visitar.
Apesar de não constarem no projeto inicial da construção do condomínio, a guarita e a cancela estão presentes no condomínio desde a sua criação, em março de 2000. Segundo Wagner Rocha, professor da faculdade de Administração Pública na faculdade João Pinheiro, é ilegal impedir o acesso de qualquer cidadão à uma área pública, como o parque. Em Julho de 2010, após denúncia de um visitante, o condomínio Fazenda da Serra foi notificado por fiscais da regional Pampulha pela prática ilegal.
Na época, o condomínio solicitou um prazo de até 3 meses para a retirada da cancela e da guarita, fato que até hoje nunca ocorreu. Vander Gonçalves, presidente da