Teoria geral do estado

1. Conceito de Ciência Aristóteles e Kant não se diferem nos conceitos de ciência e filosofia. Pode se dizer que a separação de conceitos pertence à idade moderna e só se vai tornar consciente na medida em que aumenta a abertura entre as posições metafisica e naturalista. Segundo Aristóteles, a ciência tinha por objeto os princípios e as causas, já Santo Tomás de Aquino a definiu como semelhanças da mente dirigida com o conhecimento da coisa. Wolf declarou que por ciência cumpre entender “o hábito de demonstrar acertos”, isto é, de inferi-los por consequência legitima, de princípios certos e imutáveis. Tudo que se possa ser de certeza lógica é ciência para Kant. Diz ele que por ciência se há de tomar toda série de conhecimentos sistematizados e coordenados diante princípios em relação aos conceitos nos Elementos Metafísicos das Ciências da Natureza, depois com a ação intelectual dos positivistas e evolucionistas torna-se cada vez mais preciso o conceito da ciência, ficando quase todos os acordes em aponta-la como conhecimento das relações entre coisas, fatos e fenômenos. A caracterização da ciência compromete a tomada de determinada ordem de fenômenos, cuja busca um principio de unidade, investigando o processo evolutivo, as causas, circunstancias, regularidades, observadas no campo destinado. Com Spencer desabam todas as vacilações e dificuldades ainda existentes, a sua formula de caracterização é uma das mais perfeitas, simples e nítidas que se conhecem. Segundo ele há três variantes do conhecimento: conhecimento empírico ou vulgas, conhecimento não unificado e conhecimento filosófico. Com Littré a simplificação conceitual de Spencer acerca dos diferentes ramos do conhecimento reaparece na frase em que a síntese usualmente reproduz: “a ciência e a generalização da experiência, e a filosofia, a generalização da ciência.” As quatro ciências fundamentais