Teoria estruturalista
Ao final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas - experiência tipicamente democrática e americana - entrou em declínio. Foi a primeira tentativa de introdução das ciências do comportamento na teoria administrativa através de uma filosofia humanística e participativa. De um lado ela combateu a Teoria Clássica, mas, por outro, não proporcionou bases adequadas de uma nova teoria que a pudesse substituir. A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um impasse que a Teoria da Burocracia não teve condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista é um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma aproximação à Teoria das Relações Humanas. Representa uma visão crítica da organização formal.
ORIGENS DA TEORIA ESTRUTURALISTA
As origens da Teoria Estruturalista na Administração foram as seguintes:
• A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações humanas tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese delas.
• A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações. O estruturalismo influenciou a Filosofia, a Psicologia (com a Gestalt), a Antropologia (com Claude Lévi-Strauss), a Matemática (com N. Bourbaki), a Lingüística, chegando até a teoria das organizações· com Thompson, Etzioni e Blau. Na teoria administrativa, o estruturalismo se concentra nas organizações sociais.
• O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser maior do que a soma das partes são as características do estruturalismo
AS ORGANIZAÇÕES
A Teoria Estruturalista concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura interna e na interação com outras organizações. As organizações são concebidas como unidades sociais