teoria dos refugios
Resumos do VII Seminário Interno de Pós-Graduação em Geografia
Curitiba, 2009
www.ser.ufpr.br/geografar
ISSN: 1981-089X
A TEORIA DOS REFÚGIOS FLORESTAIS: DISTRIBUIÇÃO E EVOLUÇÃO DAS
PAISAGENS AO FIM DO PLEISTOCENO.
PEDRO AUGUSTO HAUCK DA SILVA1
EVERTON PASSOS2
LINHA DE PESQUISA: PAISAGEM E ANÁLISE AMBIENTAL
O presente trabalho faz um esforço em realizar uma revisão sobre o estado da arte acerca da Teoria dos Refúgios Florestais, considerada um importante paradigma referente aos mecanismos e padrões de distribuição de floras e faunas da América Neotropical. Para tal, são reunidas informações numa vasta revisão bibliográfica sobre estudos paleogeográficos do
Quaternário.
A idéia que embasa a Teoria é que flutuações climáticas da passagem para uma fase mais seca e fria durante o Pleistoceno terminal, a biota de florestas tropicais ficou retraída às exíguas áreas de permanência da umidade, a constituir os refúgios e sofrer, portanto, diferenciação resultante deste isolamento (VIADANA, 2000). A expansão destas manchas florestadas tropicais, em conseqüência da retomada da umidade do tipo climático que se impôs ao final do período seco e mais frio, deixou setores de maior diversidade e endemismos como evidência dos refúgios que atuaram no Pleistoceno terminal.
A razão da existência deste paleoclima mais seco e frio no período citado está relacionada, de acordo com Ab’Sáber (1992) com a glaciação de Würm-Wisconsin. Como conseqüência desta glaciação, os pólos confinaram muito mais água sob a forma de gelo resultando na redução do nível médio dos mares, deixando expostas grandes faixas de terras antes ocupadas pela água do mar. Devido este fenômeno, a corrente fria das Malvinas, neste período, chegava até o litoral sul do atual Estado da Bahia.
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pedro@gentedemontanha.com
Professor orientador
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Revista Geografar
Resumos do VII Seminário Interno de Pós-Graduação em Geografia
Curitiba, 2009