Teoria dos Erros
Instituto de Física
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Conceitos Básicos da Teoria de Erros
Manfredo H. Tabacniks
Revisão 2009 (Alain A. Quivy)
Revisão 2011 (Marcelo Martinelli, José Roberto Oliveira, Alexandre Levin)
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“Embora este Guia forneça um esquema de trabalho para obter incerteza, ele não pode substituir pensamento crítico, honestidade intelectual e habilidade profissional. A avaliação de incerteza não é uma tarefa de rotina, nem um trabalho puramente matemático. Ela depende do conhecimento detalhado da natureza do mensurando e da medição. Assim, a qualidade e a utilidade da incerteza apresentada para o resultado de uma medição dependem, em última instância, da compreensão, análise crítica e integridade daqueles que contribuíram para atribuir o valor à mesma.” Tradução de um trecho do “Guide to the Expression of Uncertainty in
Measurements”, International Organization for Standardization,
Geneva (1993).
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1. EXPRESSÃO DE VALORES DE MEDIDAS
EXPERIMENTAIS
1.1. Introdução
Medir implica em comparar uma característica de um sistema (por exemplo, comprimento, volume, velocidade, massa, temperatura, etc.) com referências tidas como padrão (unidades). Exemplos de padrões são o metro (para comprimentos), o segundo (para tempo), o quilograma (para massa), definidos por
Institutos de Metrologoia ao redor do mundo, que definem o sistema MKS, ou SI (sistema internacional de unidades). Outras unidades de medida são os múltiplos e submúltiplos destas grandezas (mm, km, cm), as grandezas derivadas destas grandezas (m/s, m/s2). Além disso, existem outras unidades empregadas fora do
SI, como a polegada (comprimento) e a libra (peso).
O valor de uma grandeza submetida a medição costuma ser adquirido através de um procedimento que, em geral, envolve algum(s) instrumento(s) de medição. O próprio processo de medida, assim como o instrumento utilizado, tem limites de