Teoria do jornalismo 1
2ª Edição – Volume II
A tribo jornalística – uma comunidade interpretativa transnacional
Nelson Traquina
Texto: A Notícia como construção, a notícia como ‘estória’.
O texto conta como a teoria do agendamento, com fundamentos em enquadramento da notícia, influência na notícia, referida pelos jornalistas, como ‘estória’.
A teoria é uma redescoberta do jornalismo, seleciona os acontecimentos noticiáveis e, além, os enquadra. Esses enquadramentos são caracterizados como padrões persistentes de cognição, interpretação e apresentação de seleção, ênfase e exclusão.
A função do enquadramento é mostrar a realidade social da notícia, evitando tornar uma ‘estória’ criada por jornalistas e interpretada pelo leitor.
Citado no texto, a socióloga Gaye Tuchman reparou que entre os jornalistas, fala-se de ‘estórias’ e não de acontecimentos. Os profissionais resistem ao paradigma notícia: narrativa/construção, mesmo referindo-se à ‘estórias’. Como também citado Stuart Hall, os jornalistas dizem que: “Há acontecimentos; quer dizer alguma coisa. Quem quer que lá esteja perceberá o que é que ele significa. Tiramos-lhe fotografias. Escrevemos um relato sobre ele. Transmitimo-lo tão autenticamente quanto possível através dos media, e a audiência vê-lo-á e perceberá o que aconteceu”. Como quem diz: “contamos uma ‘estória’ e cada um interpreta da maneira que quiser”.
Negado pelos jornalistas, o texto descreve que os estudantes, futuros profissionais, deverão acostumar-se. Mesmo com o devido padrão de notícias como narrativa, as ‘estórias’ não significa que seja ficção, apenas questiona o conceito das notícias como espelho da realidade.
Citações:
“Enquadramento como uma ‘ideia organizadora central para dar sentido a acontecimentos relevantes e sugerir o que é um tema’.”
“Os jornalistas falam de ‘estórias’ e não de acontecimentos.”
“Para jornalistas de língua não inglesa é ainda mais fácil negar que contam ‘estórias’. [...] Perguntem a um