TEORIA DO CONHECIMENTO EM S O TOM S DE AQUINO E GUILHERME DE OCKHAm
Ao estudar o tema proposto, observamos a necessidade de fazermos, mesmo que breve, uma introdução histórico-filosófico do contexto em que estavam inseridos nossos, já determinados, filósofos em questão. Fazendo uma interpretação da Idade Média, podemos determinar três momentos de suma importância dentro deste período, são eles: I) No primeiro momentos, fica explícita a preponderância dos estudos baseados nas Sagradas Escrituras, juntamente com os surpreendentes escritos (no geral, respaldados pelo pensamento platônico) de Santo Agostinho; II) Já no segundo período, encontramos uma forte corrente de estudos aristotélicos, e é aqui que São Tomás de Aquino está inserido; III) Por fim, a terceira e última “corrente” presente no medievo seria o período em que observamos a preponderância do nominalismo, tanto de D. Escoto, como de Ockham. Sendo este último o momento em que podemos eleger como um marco da transição entre o período Medieval e Moderno, principalmente com Ockham e seu positivismo lógico. Dada tal contextualização, adentremos aos estudos de Tomás de Aquino, primeiramente observando seu contexto. Assim como Agostinho, o campo de pesquisa de São Tomás é difícil de ser classificado. Teólogo ou filósofo? Podemos afirmar que, principalmente por causa destes dois pensadores medievais, abriu-se um horizonte para certo tipo de filosofia cristã. Pois, apesar de serem cristãos fervorosos, não deixaram de se dedicar ao exercício racional, mesmo que fosse unicamente para justificar este ou aquele dogma do cristianismo. Como já foi mostrado, Tomás apresenta-se como um grande cristão. Logo, a existência de Deus é algo imprescindível, que não entra no âmbito do que é questionável. A presença de Deus não se dá, obviamente, somente em sua concepção religiosa; ela se estende em toda sua filosofia e será o pilar de suas elaborações metafísicas. Deus não é questionado, porém Tomás