Teoria Do Capitalismo
A TEORIA DO CAPITAL HUMANO: HISTÓRIA, TRABALHO
E CAPACITAÇÃO DOS TRABALHADORES.
Carlos Alberto Lucena
Universidade Federal de Uberlândia
RESUMO
O capitalismo monopolista está em crise. Uma crise que ocorre enquanto um movimento contraditório eleitor de beneficiados – os segmentos dos homens de negócios – e de miseráveis – os desempregados. As crises não são fenômenos pacíficos ou de imobilidade, ao contrário, são dinâmicas e apontam para a transformação. Porém, nem toda transformação é revolucionária. A transformação só é revolucionária quando está em discussão o modo de produção: o jeito de viver e trabalhar relativo à sociedade e à sua superação. Quando o modo de produção não está em discussão, o conceito “transformação” toma uma outra dimensão. A mesma assumi o princípio do reformismo, articulado em práticas e princípios conservadores e que representam a continuidade dos interesses sociais. Nas fronteiras do reformismo, transformação é sinônimo de conservadorismo e antônimo de superação.
O capital em um movimento contraditório, de conflitos inconciliáveis entre classes, tem um caráter cíclico de apogeus e crises. Quanto maior a resistência dos movimentos sociais a suas ações, maior a tendência em conceder benefícios sociais visando reduzir os conflitos e as contradições. Por outro lado, em períodos históricos em que os movimentos sociais se desarticulam e oferece menor resistência, apressa-se em retirar, ao máximo possível, aquilo que foi obrigado a conceder. O capital cria as suas crises e, ao mesmo tempo, as estratégias para resolvê-las. A transformação, nesse sentido, corresponde à garantia da sua reprodução. As transformações em curso no mundo do trabalho apresentam essas características. Elas não são o limiar de uma possível humanização do capital ou de avançadas relações de trabalho que apontam para um trabalhador superior, mas sim um movimento conservador que mantém os interesses dos homens de negócios como fundamental. Articulado a todo esse