TEORIA DE TICA DE LOCKE
Em ética, Locke defendeu uma visão da teoria dos mandamentos divinos; essa teoria exprime a idéia de que a ética se baseia a religião.
Existem fatos morais, portanto os nossos juízos morais são verdadeiros ou falsos, mas esses fatos dependem da vontade de Deus.
A teoria dos mandamentos divinos oferecem-nos uma resposta para a questão de como poderão os juízos ser universais.
De acordo com os defensores desta teoria, os critérios para o certo ou o errado foram estabelecidos por Deus.
Essa teoria, tal como o relativismo cultural é convencionalista, isto é, as ações são certas ou erradas porque alguém assim as estipulou.
Os defensores da Teoria dos Mandamentos Divinos acreditam que a moral é absoluta, igual para todos os homens, seja qual for a época e cultura em que vivem.
Os juízos morais têm valor de verdade, que dependem dos fatos e não variam da vontade de Deus.
Dizer que “ X é bom” ou “ X é moralmente correto significa que Deus aprova X.
O Dilema de Êutifron
Os defensores da Teoria dos Mandamentos Divinos ficam c um problema quando colocados perante acontecimentos que são errados, como:
“ Deus não permite tais ações porque são erradas, ou são erradas porque Deus não as permitiria?”
Existem 2 hipóteses,mas nenhuma delas é boa para os defensores.
A primeira hipótese: “ Deus não permite tais ações porque são erradas” – Isso significaria que existem ações que são erradas independentes do que Deus pensa. Ou seja, o certo e o errado estariam fora do poder de Deus, seriam independentes de sua vontade.
A segunda hipótese: “ ou são erradas porque Deus não as permitiria?” – Isso é inaceitável, pois quer dizer que Deus considera-se o mal bem, então seriam assim. Mas então as escolhas de Deus seriam arbitrárias, pois não teria nenhuma razão para as fazer. Logo, o partidário dessa teoria também não pode aceitar essa opção.
O Dilema de Êutifron coloca os defensores da Teoria dos Mandamentos Divinos numa posição difícil, pois não podem