Caos Das Incertezas Semantica E Pragmatica
Os estudos etimológicos são objetivos, porque buscam explicar a razão de uma palavra ter a forma e o significado que apresenta no léxico de uma língua. Requer conhecimentos vários. |Na história encontram-se autores que tentaram o caminho da etimologia, mas a ciência etimológica só se firmou com credibilidade nos tempos modernos. As obras do romano Festus e Isidoro de Sevilha
(560- 636), com suas conhecidas Etymologiae, por exemplo, têm valor pelas informações apresentadas, mas faltam-lhes o rigor científico e critérios seguros; não dispunham também do conhecimento da evolução normal das línguas, dos diversos troncos linguísticos.
Mesmo atualmente, filólogos levam por vezes anos até concluir a pesquisa da etimologia de uma palavra, como Ramón Menéndez Pidal, que levou uma década para chegar ao étimo da palavra
“penha”. Com o Renascimento, grandes filólogos redescobriram os tesouros das línguas clássicas, base da cultura ocidental, surgindo maior interesse pelo aspecto etimológico das línguas modernas.
Grande impulso foi dado pelo conhecimento do sânscrito e do indo-europeu, a partir da contribuição de W. Jones, falecido em 1794, e de Franz Bopp (1791-1867). Com esses novos conhecimentos foi possível estabelecer os étimos comuns da grande família indo-europeia, esclarecer os do latim e, com isso, também os das línguas românicas. De toda essa evolução, ficou patente que o aspecto fundamental é o semântico, ponto de referência em qualquer estudo linguístico e particularmente no etimológico.
Como age o etimologista
Numa perspectiva histórica, o etimologista vai encontrar três tipos de formas: as herdadas, as semi-eruditas e as eruditas. Herdadas são as que provêm naturalmente da fala do povo, com mutações fonéticas mais profundas, diversas segundo as Regiões do Império Romano e influenciadas pelos fatores do substrato, do superstrato e dos adstratos.
As semi-eruditas foram inicialmente introduzidas