Teoria de terry eagleton
No primeiro deles o autor introduz o assunto fazendo um percurso entre as literaturas de autores ingleses e franceses do século XVII para demonstrar que o conceito de literatura como a “escrita imaginativa” não é verídico; expõe o caso de obras que, no passado eram tidas como fatos e hoje são consideradas ficção e chega ao conceito lançado pelos formalistas russos, que se posicionaram como puristas ao invés de banalizar o conceito de arte.
Segundo eles, a literatura é uma transformação e intensificação da linguagem comum, logo o conteúdo motivava a forma do texto literário e a especificidade da linguagem utilizada no texto distinguia-a das outras formas de discurso. Esse conceito persistiu até a chegada do Stalinismo, que via a literatura como propaganda, focando a atenção na realidade material do texto. Os stalinistas negavam a crítica dialética por acreditar que a literatura tinha leis específicas, estruturas e mecanismos próprios e que, portanto, deveria ser estudada no âmbito individual.
De acordo com a teoria dos formalistas, o discurso literário modifica a fala comum e fazendo isso, leva o leitor a experimentar, com maior intensidade, as reações habituais que por vezes são instantâneas. Sendo assim, o caráter literário deriva das diferenças entre os tipos de discurso e, portanto, a definição de literatura depende da forma pela qual o leitor lê o texto e não da natureza do que ele está lendo. Logo, qualquer coisa pode ser literatura e qualquer literatura pode deixar de ser, tendo em vista que as obras literárias são passíveis de várias leituras e estão suscetíveis de várias modificações e/ou reescritas.
Alguns textos nascem literários, outros atingem a condição de literários, e a outros tal condição é imposta. Sob esse aspecto, a produção do texto é muito mais importante do que o seu nascimento. O que importa pode não ser a origem do texto, mas o modo pelo qual as pessoas o consideram. Se elas decidirem que se trata de