O autor evidencia e compara os conceitos por ele definido de ideias, separando-as em duas: doutrinárias e teorias, as quais equipara com sistemas biológicos, utilizando-se de metáforas do funcionamento celular para explicar o funcionamento das duas dentro do meio acadêmico/científico. Destaca-se o fato das ideias teóricas serem abertas ao exterior – mas com filtros, ou um sistema de proteção imunológico – isto é, moldando-se ao exterior com base no empirismo. Contudo ela mantém seu núcleo rígido e consistente, sua forma permanece auto centrada e mantém um instinto de sobrevivência; apesar de moldar-se com o ambiente ela não se suicida. Já as ideias doutrinárias moldam o exterior as suas referências, seguido de dogmatismo e forma nuclear impenetrável - apesar da mesma não estar isolada – ela absorve dados do exterior para manter-se e é primada de racionalização, ou seja, racionaliza e atribui sua própria lógica aos dados observados e/ou absorvidos. Nas duas é intrínseca a busca pela verdade, o problema é que mesmo aberto a influências externas, a lógica teórica que admite princípios científicos tem dificuldade para lidar contra-argumentos, já as doutrinas descartam toda e qualquer coisa que as desafiam, pois a veracidade contida em sua formação é imutável e inquestionável. As duas em todo caso estão sujeitas a racionalização e idealismo de suas fundações devido ao caráter a elas confiada, no caso, de verdades, o que distorce, atrofia e cega as supostas teorias que deveriam aceitar todo argumento contra elas apresentado e rebater conforme analisado cada situação. Evidência-se portanto o quanto o pensamento conservador em relação à ideia pode prejudicar o avanço das suposições e a comparação com a realidade, ofuscando as conclusões e gerando má interpretação da realidade e aumentar o distanciamento do objetivo principal, nesse caso, a verdade.
O responsável pela má interpretação e a perda do caminho a coerência, encontra-se no diferencial entre racionalidade e