Ideias e teorias de Kelvin
Adotando a ideia de Helmholtz de que a energia do Sol deve ser fornecida pela contração gravitacional, mas levando em conta alguns aspectos que não estavam presentes no modelo original de Helmholtz, como por exemplo, uma densidade de massa esfericamente simétrica, mas dependente da distância radial ao centro do Sol, Kelvin conclui que: “O Sol não iluminou a Terra por 100 000 000 de anos, e quase certamente não o fez por 500 000 000 de anos”.
Concluído seu estudo sobre a idade do Sol, Kelvin volta-se para o cálculo da idade da Terra usando os métodos da teoria de Fourier para o calor. Na visão de Kelvin, uma pista para determinar a idade da Terra estava na observação de que quanto mais funda é determinada escavação mais quente a Terra fica. Dessa forma, Kelvin acredita que o calor está fluindo de dentro para fora do planeta. E que no final a energia tende a um esgotamento. Kelvin também partiu do pressuposto que a terra e o sol estavam a mesma temperatura no início e que a tendência é de se resfriar até ficar em equilíbrio com o meio. Fundamentado nisso, Kelvin desenvolve seus cálculos e estima que a idade da Terra é de 97 milhões de anos. Essas aproximações se opunham aos valores da idade da Terra determinadas pelos geólogos, a partir da espessura total das camadas sedimentares, superpostas em sua ordem cronológica, e no ritmo de sedimentação do lodo, formando novas rochas sedimentares, nos deltas dos rios. Os geólogos calcularam que tal processo, a formação das rocha sedimentares ocupavam um período de ao menos duzentos milhões de anos; e incluindo algumas estimativas geológicas e o tempo necessário à formação das rochas pré-sedimentares, tal ciclo se elevava a quatrocentos