teoria da politica monetaria

Teoria da politica monetária no Modelo keynesiano

Em substituiçäo ao paradigma clássico da moeda como simples meio de troca, Keynes vê suas importantes funçöes como reserva de valor, introduzindo em sua análise das funçöes da moeda os elementos risco e incerteza. Trata-se do enfoque mais adequado à realidade das economias capitalistas modernas, com importantes e desenvolvidos sistemas financeiros.

Marshall, Wicksell e Fisher formularam a teoria quantitativa da moeda a partir de uma concepçäo dicotômica do mercado de ativos: a moeda era considerada insubstituível como instrumento de compensaçäo de defasagens entre recebimentos e pagamentos; mas inteiramente indesejável como aplicaçäo patrimonial duradoura, por näo render juros. Keynes, nos capítulos da "Teoria Geral" sobre a "Preferência pela Liquidez", identifica uma razäo para que a moeda se torne atrativa como forma de aplicaçäo de patrimônio, ao destacar a especulação como um dos motivos para a retenção de moeda pelo público.

Neste sentido, observa-se que, segundo Keynes, há três (3) motivos para a procura de moeda: as transaçöes, a precauçäo e a especulaçäo.

A procura de moeda para transaçöes era identificada pelos economistas neoclássicos: o estoque necessário para compensar as defasagens entre recebimentos e pagamentos. Até aí, Keynes só inventou uma denominaçäo. O segundo componente, a procura por precauçäo, correspondia aos encaixes de segurança, näo de todo esquecidos pelos neoclássicos. Seriam os saldos de caixa mantidos para enfrentar despesas imprevistas, aproveitar oportunidades de bons negócios, etc. Na boa linha neoclássica, Keynes admitiu que näo apenas a procura de moeda por transaçöes, mas também a demanda por precauçäo fosse proporcional à renda nominal, na forma marshalliana (k.P.Y), sendo k uma constante.

A grande novidade de Keynes era a procura especulativa, na qual se identificava uma possível razäo para guardar moeda como aplicaçäo patrimonial duradoura. Essa razäo seria