TEORIA DA LIBIDO E NARCISISMO
Para iniciar a questão é importante esclarecer o conceito de libido e onde esta encontra-se. A libido encontra-se difusa em todo o organismo, havendo porém, maior concentração numa ou noutra parte, formando as zonas erógenas de transição. Freud insiste em conceber a libido o caráter de energia específica do instinto sexual. Logo, pode-se dizer que a libido é a energia sexual vinculada a energia psíquica, que irá mais tarde localizar-se nos órgãos sexuais, afim da reprodução. Esta, pode manifestar-se em 2 aspectos: prazer e bem estar, decorrente dos sentidos, o que acontece desde o nascimento e o segundo aspecto, com a maturação sexual, localizada nos órgãos sexuais e voltada para a reprodução.
Além de tratar sobre a teoria da libido, Freud trata do narcisismo nesta conferência, que é um termo que deriva da palavra narciso, originalmente do grego, NARKE que significa entorpecido. Para os gregos, narciso simbolizava vaidade e insensibilidade.
Na mitologia grega, Narciso era um belo rapaz indiferente ao amor, filho do deus do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Por ocasião de seu nascimento os pais perguntaram ao adivinho Tirésias qual seria o destino do menino, pois ficaram muito assustados com a sua beleza rara e jamais vista. A resposta foi que ele teria vida longa se não visse a própria face. Muitas moças e ninfas apaixonaram-se por Narciso quando ele chegou à fase adulta, mas o belo jovem não se interessou por nenhuma delas. A ninfa Eco, uma das apaixonadas, não se conformando com a indiferença de Narciso, afastou-se amargurada para um lugar deserto onde definhou até a morte e restaram somente seus gemidos. As moças desprezadas pediram aos deuses que a vingasse. Nêmesis apiedou-se delas e induziu Narciso, depois de uma caçada num dia muito quente, a se debruçar na fonte de Téspias para beber água. Nessa posição ele viu seu rosto refletido na água e se apaixonou pela própria imagem. Descuidando-se de tudo o mais, ele permaneceu