A problemática do texto usa de seletas reflexões ao longo da temporalidade para auxi-liar os historiadores a partir da noção de regime de historicidade, comparando o regime moderno, historia antiga e historia magistra. Assim nos é proposto ir do século XX para mesopotâmia antiga e voltar, analisando a complexa relação entre esses regimes. Tendo como hipótese principal o regime moderno de historicidade que começa em 1789 com a revolução francesa e consistiu no ponto de vista baseado no futuro, no qual a palavra chave é progresso, tendo seu fim ou pelo menos uma grande quebra marcada pela queda do muro de Berlim em 1989, gerando uma grande falta de orientação para os profissio-nais da área.Começando por Francis Fukuyama e seu livro Fim da historia e o ultimo homem, que iniciou uma grande discussão colocando em debate o rumo da história, nessa perspectiva Hartog refuta suas opiniões, mas nos leva a questionar nossa relação com o tempo no presente, e no passado quando outro regime havia sido questionado ou findado. Baseando-se em Koselleck e outros autores no regime cristão durante a Idade Média, da Mesopotâmia antiga e da Grécia Antiga, Hartog busca identificar por quanto tempo a historia magistra se perdurou, o autor cita Tocqueville atuando como historia-dor, para compreender melhor o passado, e Droysen com a citação “além das historias há historia” concluindo que as lições dali por diante tenderiam a vir do futuro e não mais do passado.Isso nos remete a um período de transição, trazendo as reformulações da historia magistra, nos são reservados quatro tópicos: o primeiro é de que a historia magistra antecede o paganismo e sobrepõe-se ao conceito cristão pelo menos até Eusé-bio e Agostinho; o segundo trata do domínio da igreja católica sobre a historia; o terceiro critica a cristandade e retoma a idéia de imitação dos antigos; por ultimo tomando como exemplo o livro Traité dês Études de Abbé Rollin (1726)traz a idéia de que a história “é a escola comum de toda a raça