teoria da comu.
Texto 03
OBJETIVO E FIDELIDADE DA COMUNICAÇÃO
1 – OBJETIVO:
Aristóteles definiu o estudo da retórica (comunicação) como a procura de “todos os meios disponíveis de persuasão”. Discutiu outros possíveis objetivos de quem fala, mas deixou nitidamente fixado que a meta principal da comunicação é a persuasão, a tentativa de levar outras pessoas a adotarem o ponto de vista de quem fala. Esta forma de ver o objetivo da comunicação continuou aceita até a última parte do século XVIII. Pelo fim do século XVIII, o conceito que trabalha com o dualismo mente-alma era interpretado como base para dois objetivos de comunicação independentes. Um deles era de natureza intelectual ou cognitiva; o outro, emocional. Um tocava à mente, o outro à alma. Por essa teoria, um dos objetivos era informativo – um apelo à mente. O segundo era persuasivo – um apelo à alma, às emoções. O terceiro era o divertimento, e argumentava-se que poderíamos classificar as intenções do comunicador, e o material de apoio por ele usado, dentro dessas categorias. No entanto, a teoria contemporânea critica essa divisão do objetivo da comunicação no que diz respeito à linguagem. Afinal, há motivo para crer que todo o uso da linguagem tenha uma dimensão persuasiva, que ninguém pode comunicar-se sem alguma tentativa de persuadir, de uma forma ou de outra. A distinção informar-persuadir-divertir causou ainda outra confusão. Tem havido tendência a interpretar esses propósitos como exclusivos: alguém não está dando informação quando está divertindo, não está divertindo quando está persuadindo, etc. Evidentemente, não é assim. No entanto, essa distinção é freqüente. A distinção informar-persuadir-divertir causará dificuldade, se supusermos que esses fatores possam ser considerados como objetivos de comunicação independentes. Causará dificuldades, também, porque os termos são tão abstratos que os nossos pensamentos são muitas vezes amplos,