Teoria da classe ociosa
O propósito do livro de Veblen é claro. O lugar e o valor da classe ociosa em sua qualidade de fator econômico da vida moderna, ou em outras palavras, mostrar a existência de uma classe ociosa no topo da estrutura social que (submete ou proporcionam) consciente ou inconscientemente seu modo de vida, mais seus padrões de valor ao restante da comunidade sob a forma de normas da boa reputação. Não obstante a essa marcação e devido ao papel característico que ocupa o autor também se preocupou subsidiariamente com à origem e as derivações dessa mesma classe, assim como formas da vida social não classificadas como econômicas a exemplo de seu capítulo sobre as observâncias devotas.
Ao tratar da origem da instituição da classe ociosa o autor indica que possivelmente ela surgiu gradualmente durante a passagem de um modo de vida pacífico para um modo de vida pedatório. Ele chega a essa constatação mediante a obeservação de que a instituição dessa classe é o resultado de uma discriminação bem estabelecida entre diversas funções ás quais algumas são tidas como dignas, nobres e honrosas, e outras indignas humilhantes e vis. As primeiras são aquelas em que existe algum elemento de proeza ou façanha; as indignas são aquelas diárias e rotineiras em que nenhum elemento notável existe. Assim, para Veblen, o conceito de dignidade e de honra é de fundamental importância no processo de constituição e de diferenciação entre as classes que em estágios primitivos aparecia como distinção entre sexos. Ao homem caberiam aquelas atividades em que agisse sobre o animado, como exemplo, a caça. À mulher as atividades rotineiras
A diferenciação econômica era marcada pela distinção (de caráter competitivo) entre as ocupações femininas e masculinas. Por costume inabalável, enfatiza Veblen
(1974), as mulheres eram forçadas às tarefas que, no estágio seguinte, seriam as ocupações industriais. Os homens se ocupavam da guerra, da caça, dos esportes e