TEORIA DA AVALIAÇÃO COGNITIVA
A Teoria de avaliação Cognitiva, criada por Deci e Ryan (1985), insere-se nas teorias cognitivas da motivação. O investimento na ação depende da avaliação cognitiva dos aspectos da tarefa e do seu auto-conceito, e parte do pressuposto que o ser humano tem necessidades inatas de: I) realização pessoal, sendo o objetivo da ação a “manutenção de um nível de estimulação ótimo” – o desejo de aprender é uma tendência natural – uma motivação intrínseca. II) necessidade de auto-determinação. A Teoria de Avaliação Cognitiva: I) é uma teoria da motivação intrínseca II) a sua ideia base: a percepção da realidade forma e gere a motivação; III) tem um caráter prospectivo: a motivação humana visa o benefício dos acontecimentos futuros e não é retrospectiva IV) a mestria é um desejo inato e estes situam-se ao nível do exercício, do saber fazer e da liberdade de escolha – aqui ultrapassa a teoria atribucional que se concentra na dimensão intelectual da compreensão.
Esta teoria estrutura-se em dois subsistemas motivacionais: a motivação intrínseca, com locus de controle interno, e a motivação extrínseca, com locus de controle externo.
Nas estratégias de intervenção que decorre desta teoria, o professor tem um papel fundamental:
- na proteção da motivação intrínseca
- Exercendo uma influência equilibrada: nem suficientemente forte para orientar o comportamento, nem suficientemente fraca para evitar que o sujeito não tenha consciência dessa pressão - princípio da suficiência mínima.
- Presença de um certo grau de auto-determinação na escolha das tarefas a realizar, a par da existência de objetivos pré-estabelecidos.
- Ao organizar atividades que promovam o gosto pela aprendizagem (ao envolver matérias do agrado dos alunos nas tarefas letivas)
- na transformação da motivação externa em motivação interna