Teoria da administração
O papel da energia elétrica como vetor de desenvolvimento econômico é inquestionável. Silveira (2000) a considera uma das condições básicas para esse desenvolvimento. Além do fator econômico, o acesso à energia eleva padrões e qualidade de vida, e se configura como conquista de cidadania (CAMARGO; RIBEIRO; GUERRA, 2008). Para Camargo, Ribeiro e Guerra (2008):
Pelo uso da energia elétrica o cidadão se apropria de seu direito à informação e se apercebe de um sentimento de integração à sociedade. A energia elétrica é um vetor de coesão social, além de ser, enquanto política social, estruturante, abrindo caminho para outras políticas de inclusão, tais como inclusão digital (CAMARGO; RIBEIRO; GUERRA, 2008, p. 3).
Na visão de Fournier e Penteado, “o acesso à energia elétrica tornou-se fator indispensável ao desenvolvimento e ao bem estar individual e coletivo”. Para Fugimoto (2005, p. 20), “o acesso aos serviços públicos, entre os quais se inclui a energia elétrica, é imprescindível para o desenvolvimento individual e da sociedade”.
Para muitos, é impensável o dia-a-dia sem bens como televisão, geladeira e equipamento de som. Esse pensamento não é restrito ao meio urbano. Segundo a Pesquisa Quantitativa Domiciliar de Avaliação da Satisfação e de Impacto do Programa Luz para Todos, realizada em 2009, em 79,3% dos domicílios atendidos pelo Programa foram adquiridos televisores e, em 73,3% desses domicílios, foram compradas geladeiras. Com relação a equipamentos de som, esse índice corresponde a 45,4%. Isso demonstra a importância atribuída a esses bens também no meio rural.
Na visão de Sauer, Rosa e D’Araújo (2003, p. 39): a energia elétrica pode ser encarada como fator de promoção da qualidade de vida, de produção, desenvolvimento econômico e de geração de emprego e renda. A exclusão social também se dá por falta de acesso a energia. O desenvolvimento tecnológico, ao passo que traz benefícios à humanidade, aumenta a distância entre os