Teologos contemporaneos
INTRODUÇÃO
Qual o lugar da pregação nas igrejas evangélicas contemporâneas? Esta pergunta no passado seria respondida imediatamente sem nenhuma dúvida ou contestação, porém, no nosso tempo, esta resposta provoca inúmeras controvérsias e polêmicas. Por vários motivos, dentre eles, a influência dos modernos meios de comunicação, o antigo “status” da pregação tem sido questionado.
O teólogo presbiteriano Paulo Anglada em um interessante artigo1 afirma que “a pregação, como uma forma distinta de comunicação da vontade de Deus revelada em sua palavra, está em declínio”. Declínio este que tem provocado em muitas igrejas a sua substituição por um número cada vez maior de atividades.
O Pastor e escritor pentecostal Ricardo Gondim analisando a pregação contemporânea escreveu em um artigo2 que a igreja está muito influenciada pela pós-modernidade e isso tem “feito com que os púlpitos fiquem cada vez mais empobrecidos, pois “pastores animam seus auditórios com frases de efeito, contentam suas igrejas com mensagens superficiais e sem beleza”. Ele conclui sua reflexão afirmando que “necessitamos de uma nova Reforma no cristianismo! Que ela comece pelo púlpito, pelos pregadores...”.
O que estes dois pregadores cristãos, embora de denominações diferentes, estão abordando é precisamente a preocupação central deste trabalho. Existe uma base bíblica e teológica para que a prédica continue a existir e ser praticada semanalmente? Quais são as suas origens e como as tradições teológicas a compreenderam? Será que ela deve sobreviver à era dos modernos meios de comunicação?
O objetivo do presente estudo é buscar entender e explicar o fundamento bíblico e teológico da pregação, expondo o seu significado e valor para a igreja e o mundo em todos os tempos.
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1. NO ANTIGO TESTAMENTO
O Dicionário Fundamental de Teologia aponta que no Antigo Testamento, a pregação conhece três tipos. Primeiramente, a