teologia
“Os Padres da Igreja diante das heresias e do desafio de anunciar o Evangelho”
Patrologia
INTRODUÇÃO
Não é possível escrever a História da Igreja sem tomarmos por base três fatos do Novo Testamento, completamente distintos entre si: a Encarnação do Verbo no dia da Anunciação (Lc 1, 26-37), os Diálogos de Jesus e Pedro (Mt 16, 18-19; Jô 1, 40ss; Jo 21, 15-17), e a vinda do Espírito Santo (At 2, 1-4). Em todos os relatos, estamos em presença de acontecimentos que pertencem à história da salvação e se situam no tempo e no espaço na trama da história. Insistir em escrevê-la desconsiderando tais acontecimentos, seria como que tentar desnaturá-la por completo. Entendemos por História o esforço em estudar o passado humano com toda sua complexidade. É a busca pelo conhecimento da verdade das ações humanas no tempo. O que move esse esforço é o amor pela verdade e a honestidade diante do mistério da vida humana. O conhecimento histórico se constrói através da recuperação das fontes, dos documentos, dos testemunhos, escritos ou não, que são como rastros do passado humano a ser relatado. A história é, nesse sentido, o relato do passado humano segundo o esforço de conhecimento honesto e amoroso do historiador que deseja despertar a sabedoria de seus contemporâneos. A tarefa do historiador é imbuída de grande responsabilidade. A História da Igreja é uma disciplina que se insere no conjunto da História Geral, uma vez que a Igreja está inserida no mundo e não é alheia aos rumos da humanidade. Mas é preciso reconhecer que ela tem no seu horizonte o elemento teológico do mistério cristão.