Teologia
Na América Latina a cristologia parte de um contexto, de uma situação desumanizante de pobreza e de injustiças sociais.
O Concilio de Puebla diz: “Deus ama os pobres e os defende pelo mero fato de serem pobres, independentemente de sua condição pessoal e moral”.
Mais quem são os pobres da América Latina? Analisando estes aspectos, pode-se concluir que: Pobres são, antes de tudo, os materialmente, economicamente e sociologicamente pobres, as grandes maiorias do terceiro mundo. Pobres são, também, os empobrecidos, os oprimidos, os despossuídos do fruto de seu trabalho, assim como do poder social e político, por aqueles que, com esse despojo, enriqueceram-se e tomaram o poder. Pobres são os que realizaram uma tomada de consciência sobre o fato da pobreza material, a nível individual e coletivo, transformaram essa tomada de consciência em organização popular e em práxis. Pobres são os que vivem sua tomada de consciência e sua pratica com gratuidade, com esperança, com misericórdia, com fortaleza na perseguição, os que assumem a pobreza real a partir do Reino e confiando no Deus do Reino.
Diante do contexto apresentado, surge na América Latina uma Teologia vivida num projeto libertador, orientada para o Jesus Histórico, a Teologia da Libertação. A orientação para o Jesus Histórico foi uma forma espontânea, num projeto libertador, e com isto se experimentou que a forma de compreender a universalidade de Cristo, nestas circunstancias concretas, é a de sua concretização histórica.
Na América Latina, a cristologia esta se desenvolvendo no confronto da situação atual com o Jesus Histórico, porque desta forma concreta, melhor é expressada a fé cristã.
Bibliografia:
J. Sobrino, Jesus, o libertador.
J. Sobrino, Cristologia a partir da América Latina, Ed. Vozes, 1983.