Teologia
Por Silas Daniel*
A importância dos missionários escandinavos e norte-americanos na formação da identidade teológica da Assembléia de Deus brasileira
Apesar das constantes incidências de modismos teológicos no cenário evangélico brasileiro, a Assembléia de Deus é hoje uma das igrejas com maior solidez bíblica doutrinária em nosso país. Isso se deve a anos de formação de sua identidade teológica, sob a influência direta dos missionários escandinavos e norte-americanos. Como se deu essa influência?
Para entendermos isso, acredito que dois pontos devem ser analisados. Primeiro: Quem exerceu maior influência? Os missionários escandinavos ou os norte-americanos? Segundo: Havia alguma divergência doutrinária entre a Teologia pentecostal escandinava e a norte-americana?
QUEM EXERCEU MAIOR INFLUÊNCIA?
Como sabemos, a Assembléia de Deus no Brasil foi fundada por missionários escandinavos, porém sua Teologia sofreu igualmente influência da igreja pentecostal escandinava e das Assembléias de Deus norte-americanas. A diferença é quanto ao tempo de influência dos dois grupos. O primeiro exerceu sua influência teológica nas primeiras cinco décadas do Movimento Pentecostal brasileiro. Os norte-americanos estão exercendo sua influência teológica no Brasil pentecostal já há 40 anos.
Se na liturgia e em alguns costumes podemos afirmar que ainda somos herdeiros dos primeiros missionários suecos (se bem que, nos últimos 15 anos, a influência norte-americana na nossa liturgia e costumes aumentou), pode-se dizer que teologicamente fomos influenciados mais pelos missionários norte-americanos do que pelos escandinavos. Excetuando a influência na Assembléia de Deus do missionário escandinavo Eurico Bergstén, falecido em 1999, são os norte-americanos que mais influenciaram a Teologia Pentecostal brasileira na quatro últimas décadas.
Ao lermos a história da Assembléia de Deus brasileira em seus primeiros anos, percebemos que, da década de