teologia
G.C. Berkoouwer . Do original Holandês "De persoon
van Christus" , 1952,Uitgave J.H.Hok N.V. Kampen .
Tradução de A. Zimmermann e P.G. Hollanders.
ASTE, SP, 279 p . 1964,
O autor inaugura a obra focalizando a crise envolvendo as duas naturezas de Cristo; a máxima "vere Deus vere homo" tem sido submetida a rigorosas críticas, que vêm desde os primeiros séculos, até culminar, no século XIX com ataques mais robustecidos pelo racionalismo.
Assim, o desenvolvimento da Cristologia seguiu caminhos que não foram plácidos . A Cristologia de Schleirmacher sugere um Cristo bem mais próximo de nós, sem, contudo, deixar de ser o objeto de nossa fé e culto.
A Igreja compreendeu a filiação do Cristo como uma relação metafísica entre o EU preexistente de Cristo e Deus, inferindo daí a união do ser com uma verdadeira natureza humana.
A Cristologia do Esvaziamento foi outra forma de pensamento modernista de grande influência no século XIX. Esta idéia de Cristo esvaziando-se de sua divindade serviu-se de ponto de partida a um novo movimento Cristológico: A fórmula "duas naturezas numa pessoa". A Teologia da Kenosis ensina, pois, que o Logos asarcos (o verbo não encarnado) teve que despir -se total ou parcialmente de sua Divindade. Thamansius, conceituando Kenosis, diz que é "a troca de uma forma de existência por outra". Distingue ele entre atributos imanentes e relativos. Os imanentes permanecem no Verbo encarnado, mas os relativos são esvaziados. A Teologia da Kenosis nasceu do objeto de uma visão racional sobre a unidade da autoconsciência de Cristo. Esta doutrina contradiz totalmente a doutrina da Igreja. Ela não oferece melhor solução para tirar a Igreja do seu embaraço dogmático.
O fim colimado pelos Evangelhos é provocar a fé em Jesus e não esclarecer a biografia do Cristo histórico. O NT apresenta mitologicamente a história de Cristo. Ele é, por um lado, o Filho de Deus, ser Divino, preexistente, ou seja, uma figura mitológica;