Teologia feminista- resumo

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Segundo Messadié, o culto da Terra-Mãe foi tão fortemente enraizado nas culturas primitivas, que seus vestígios perduraram até tempos recentes (Messadié, 2001, p44). Nesse sentido, pode-se citar as orações que se faziam à deusa-mãe (Zemyna, equivalente à deusa grega Gaia) na Lituânia, entre os séculos XVII e XVIII, onde ela era vista como aquela que faz florescer os botões. O mais admirável é que, em pleno século XX, em numerosos países da Europa, como Escócia, Irlanda, Lituânia, Prússia Oriental e Malta, ainda era dedicado um dia (15 de agosto) a Terra-Mãe. Messadié enfatiza que o dia dedicado à deusa-mãe era uma data tão significativa a ponto de ser transformada no dia da festa católica da Assunção, data esta, que mesmo tendo sentido diferente e ser de outra religião, ainda assim, foi recuperada em benefício de uma mulher. (Messadié, 2001, p. 45).
A deusa-mãe era vista como doadora de tudo quer fosse da vida ou da morte. Entre suas formas mais conhecidas estão Istar, Astarte, Inana, Cíbele, Ceres e Afrodite. A importância da deusa-mãe como protetora da vida era fundamental em uma sociedade onde a esperança de vida, em geral, não ultrapassava quarenta e cinco anos. Por isso, a fertilidade das mulheres era vista como essencial para a sobrevivência das sociedades. “A deusa-mãe foi o reflexo de um estado socioeconômico que ditava a economia e a religião” (Messadié, 2001, p.47).
O culto à deusa universal foi duradouro e seu declínio foi tardio e nunca totalmente consumado em nenhuma religião até o aparecimento do judaísmo (Messadié, 2001, p. 59). Na Europa, a primeira vez que um deus masculino partilhou o poder, oficialmente, com a deusa-mãe foi com a revolução Celta dos oriundos da Índia, ramo indo-europeu dos indo-arianos, por volta do século VIII a.C. Os Celtas apesar dessa aparência politeísta não o eram, pode-se dizer que “eram quase monoteístas” (Messadié, 2001, p.72).
Haight coloca que a teologia feminista é por muitos comparada à teologia da

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