Tensoativos
Na busca de alternativas para a produção de tensoativos facilmente biodegradáveis, atóxicos e de menor custo as grandes indústrias de cosméticos investem em pesquisas. Uma pesquisa feita por J.A. Costabile da QUIMASA S/A, publicada na revista Cosmetics & Toiletries de Janeiro/Fevereiro de 1993, chamou a atenção para a possibilidade de obtenção de um tensoativo não-iônico a partir do farelo de soja.
A grande produção de soja no Brasil faz com que esta seja a principal matéria-prima graxa para uso cosmético e alimentício do país. Do grão de soja se obtém o óleo e o farelo de soja.
O farelo de soja, em análise por cromatografia líquida e de absorção atômica, foi caracterizado como um polímero natural rico em carbono, oxigênio e nitrogênio. O farelo de soja sofre hidrólise em meio ácido dando origem a aminoácidos.
Os aminoácidos presentes no farelo de soja podem ser separados por centrifugação.
Se reagirmos o óleo de soja (contém ácido graxo) com os aminoácidos obtidos da hidrólise teremos tensoativos não-iônicos. Com isso aproveita-se o farelo e o óleo de soja.
|PERDA DE SUJIDADES |
|LSS |1,38 gramas |
|TENSOATIVO DE SOJA |1,47 gramas |
|CUSTOS |
|LSS |U$ 3,00 por Kg |
|TENSOATIVO DE SOJA |U$ 1,00 por Kg |
O tensoativo de soja demonstrou ser biodegradável em 24 horas. Este fato vem reforçar a idéia de que poderemos interagir com o meio ambiente sem destruí-lo e é para isso que devem servir as pesquisas e baseados nessa ideologia que devem trabalhar os