tenentismo e as revoltas do final da republica velha
Porta-voz de ideias democráticas e liberais na década de 1920, em dez anos o movimento revolucionário dos "tenentes" desenvolveu um projeto social explicitamente contrário à democracia liberal repudiada sob a alegação de constituir um modelo estrangeiro e passou a propor a instalação de um estado forte e centralizado que, apoiado numa estrutura social corporativista, seria capaz de determinar objetivamente as "verdadeiras" necessidades nacionais.
Tenentismo
O tenentismo foi um movimento social de caráter político-militar que ocorreu no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República das Oligarquias. Ganhou força entre militares de média e baixa patente durante os últimos anos da República Velha. No momento em que surgiu o levante dos militares, a inconformidade das classes médias urbanas contra os desmandos e o conservadorismo presentes na cultura política do país se expressava.
Este movimento contestava a ação política e social dos governos representantes das oligarquias cafeeiras. Embora tivessem uma posição conservadora e autoritária, os tenentes defendiam reformas políticas e sociais. Queriam a moralidade política no país e combatiam a corrupção.
O movimento tenentista defendia as seguintes mudanças:
- Fim do voto de cabresto (sistema de votação baseado em violência e fraudes que só beneficiava os coronéis);
- Reforma no sistema educacional público do país;
- Mudança no sistema de voto aberto para secreto;
Revoltas do final da República Velha:
A Revolta do Forte de Copacabana
A Revolta do Forte de Copacabana foi uma revolta tenentista ocorrida na cidade do Rio de Janeiro (capital do Brasil na época) em 5 de julho de 1922. Foi à primeira revolta tenentista da República Velha. Teve a participação de 17 militares e um civil.
O tenente Siqueira Campos e um grupo de militares rebeldes pegaram armas e marcharam pelas ruas em direção ao Palácio do Catete. Durante a marcha alguns militares desistiram, ficando apenas 17