Tendências mundiais em previdência e perspectivas para o brasil
Embora a maioria dos países possua regimes obrigatórios de previdência social, apenas 25% da força de trabalho mundial contribui para esses sistemas. O percentual de cobertura é elevado apenas em países desenvolvidos. Na América Latina e Caribe, o índice para o total da população é de 34%. Na China, 20%. Na África subsaariana, 6%. (THE WORLD BANK, 2009).
Um dos motivos da ausência de cobertura é a renda excessivamente baixa. Por exemplo, no Brasil, apenas a partir de um salário-mínimo mensal a pessoa teria potencial para inclusão. Ocupados em agricultura, construção civil e serviços, setores de natureza frequentemente mais intermitente, apresentam maior evasão previdenciária do que aqueles ocupados na indústria.
A intermitência de certas ocupações dificulta tanto a manutenção da qualidade de segurado quanto o perfazimento do tempo de contribuição de elegibilidade.
Surgem por outro lado os benefícios de renda mínima sem base contributiva também em decorrência desse último aspecto.
No Brasil, dados de 1998 dizem que a não contribuição é de 43,4% (retirados da força ocupada servidores públicos, jovens fora da idade oficial laborativa, pessoas acima de 59 anos e pessoas que ganham menos de um salário mínimo por mês). (NERI, 2003).
Diversos fatos externos afetam o desempenho dos sistemas previdenciários, mas podem ser resumidos em dois: economia e demografia, ou mais extensivamente, o grau de desenvolvimento e o desempenho da economia e a estrutura e a dinâmica demográficas.
Historicamente pode ser dito que as iniciativas previdenciárias surgem a partir da proteção de um pequeno grupo ou categoria através de montepios e outras associações de assistência mútua e vão se ampliando, tornando-se complexas e passando a ser organizadas pelos Estados. A maioria parte de um sistema de capitalização individual evoluindo para o de repartição gerenciado pelo setor público (IPEA, 2007).
O sistema de