Tendências de segmentos de aplicativo
Juntos, Google e Apple oferecem hoje mais de 1.400.000 apps para dispositivos móveis em suas lojas. Num universo tão grande, quem duvidaria que houvesse um para vender praticamente qualquer coisa que se possa imaginar? De mensagens da Bíblia a diagnóstico de câncer de pele, aplicativos têm se prestado a todo uso em qualquer esfera da vida. De acordo com um estudo da empresa de mobile Analytics Flurry, temos passado em média 2 horas por dia entretidos com esses produtos, o dobro do tempo que gastávamos com a mesma atividade um ano atrás.
Com pouco mais de 5 anos de existência, a indústria dos aplicativos tornou-se uma das mais fortes e promissoras da atualidade. Em 2013, o uso desses serviços aumentou em 115%. Segundo a Gartner, a receita global gerada por eles deverá crescer 62% este ano, movimentando 25 bilhões de dólares em vendas em todo o mundo. Um potencial tão grande gera altos níveis de competitividade no mercado. A dinâmica se assemelha à de uma corrida pelo ouro: ao passo que alguns poucos desenvolvedores fazem grandes fortunas, a esmagadora maioria morre na praia. Enquanto o WhatsApp era comprado por 19 bilhões de dólares pelo Facebook, quantas outras centenas de aplicativos de chat não fracassaram e desapareceram? Além da pesada concorrência, o mercado sofre com a “infidelidade” dos consumidores. Para se ter uma ideia, cerca de 63% dos apps que uma pessoa acessa todos os dias, hoje, são diferentes dos que ela usava diariamente um ano atrás.
Com vida curta e uma capacidade relativamente baixa de reter consumidores, os aplicativos podem parecer um negócio para aventureiros. Mas as respostas podem não ser tão evidentes, pelo menos por enquanto. Afinal, o bom da indústria dos apps, comparado por alguns à explosão do mercado de automóveis no início do século XX, pode estar apenas começando. Enquanto novos modelos de negócio são criados no setor, sobretudo com base em anúncios e e-commerce, o mercado vai aos poucos