Tendinite em equinos
Os cavalos são animais que já participam ativamente de nossas vidas à muitos séculos, desde as batalhas até atualmente em competições equestres. O Brasil possui o segundo maior plantel de eqüinos do mundo, sendo movimentados em torno de 2 bilhões de reais por ano no setor.
Com o aumento da utilização da espécie eqüina nas atividades esportivas, também foi observado um crescimento na incidência de patologias que afetam o aparelho locomotor, principalmente nos membros torácicos por suportarem o maior peso corporal, dentre as que se destacam mais temos a tendinite.
A alta atividade atlética exigida pode levar a lesões severas no tecido tendíneo. Tais lesões podem ser resultante de uma sobrecarga única, em que a magnitude da força exigida excede a resistência máxima das fibras ou ainda, de um acúmulo de microleões que aumentam a cada ciclo de carga, levando à ruptura da estrutura tendínea. Essas lesões nas estruturas colágenas flexoras dos eqüinos resultam em alta morbidade, e sua resolução frequentemente depara-se com a impossibilidade de completa restauração estrutural e funcional do tendão. Uma arquitetura tecidual alterada e, consequentemente, uma função biomecânica anômala, levarão ao comprometimento da futura performance do animal e a predisposição ao elevado risco de recidivas, gerando perdas econômicas, principalmente em se tratando de animal atleta. Baseando-se em observações do processo de reparação dos tendões e na literatura existente, acreditamos que haja a possibilidade de se modular este processo de reparação tecidual, visando restaurar a microanotomia do tendão e minimizar os efeitos restritivos do tecido cicatricial ( ALVES et al, 2001 ).
As causas que primeiramente podem produzir este tipo de lesão são os esforços, que se produzem quando se supera a capacidade tensoelástica. Também temos causas infecciosas principalmente originadas por feridas e contusões que são produzidas por patadas de outros animais ou por interferência no andar,