Tempos modernos
Chaplin escreveu, dirigiu, produziu e, ao lado de Paulette Goddard, estrelou Tempos Modernos, obra prima que retrata o período de grande depressão nos Estados Unidos. Foram tempos de desemprego em massa, miséria, fome e desencadeamento. O sonho do capitalismo parecia ter chegado ao fim justamente naquele que se acreditava ser o país da prosperidade ao alcance de todos, o berço da democracia moderna. O filme consegue retratar com fino humor os novos tempos de grandes frustrações e grandes apostas.
O filme Tempos Modernos caracterizou de forma brilhante um período histórico marcado pelo desemprego em massa e a queda acentuada do PIB em decorrência do declínio da produção industrial e dos preços. As imagens falam por si só.
A expressão sapeca e cômica de Charles e a sua sutileza ao relatar em sátira, a vida do operário que é escravo dos mecanismos do capitalismo em desempenho do exercício repetitivo e a insatisfação do trabalhador retratadas em stress e as conseqüências que levam o trabalhador a ficar doente.
Outra cena que marca, é a invenção de uma máquina alimentadora com a finalidade de diminuir o tempo dos operários enquanto almoçam, assim aumentando o tempo cansativo de trabalho.
A fome e a revolução comunista da época retratam, a turbulência da sociedade delineando o quadro de mazelas sócio-econômicas interpretando assim o desmoronamento das esperanças e na agonia pela sobrevivência principalmente das camadas mais baixas da população.
É uma crítica ao modo da produção capitalista e a reprodução burguesa, procurando detalhar não só as concepções que abrangem as questões trabalhistas em si, mas também uma perspectiva almejada pela humanidade: A felicidade. Mas uma dúvida… Afinal o que Charles e os demais estavam produzindo naquela fabrica?
O trabalho de apertar parafusos resultava em qual produto final?
A resposta está na característica do famoso fordismo que ainda atualmente continua presente, e hoje não somente o