Tempo na Idade Média
PRODUÇÃO TEXTUAL
REPRESENTAÇÕES SOBRE O TEMPO NA IDADE MÉDIA
2012
INTRODUÇÃO
Observa-se pelo registro da história, quer através de um ponto de vista sociológico, antropológico, filosófico ou historiográfico que às sociedades sempre estiveram divididas em camadas socias distintas: nobres
(reis, imperadores, princípes, etc...), sacerdotes, serviçais (camponeses, escravos, vassalos), mercadores (comeciantes), etc..., e que muito embora todos convivendo no contexto de suas épocas e interagindo entre si de várias maneiras, é notório
e perceptível que cada camada possuia uma
temporalidade própria, e isto não foi diferente na Idade Média, aliás o que passou despercebido por muitos historiadores, ao examinarem aquele período de nossa história, foi captado e exposto por Jacques Le Goff de maneira bastante perspicaz e compreensível.
A IDADE MÉDIA
O artigo de Leandro D. Rust, que analisa a abordagem de
Jacques Le Goff sobre as “Representações do Tempo na Idade Média”, demonstra que o tempo ao seu modo de ver é mais abrangente e complexo. O autor entende que o tempo fragmentava-se sob duas óticas distintas, concordando com Le Goff quanto à percepção da existência de um tempo sacramental e um tempo pragmático. Defende o autor que Le Goff percebeu, e expôs a beligerância entre ambos, o tempo sagrado e o tempo profano, de tal forma que lhe possibilitou identificar que ainda que a igreja romana desprezasse o tempo mundado, todavia dele se valia, posto que, como comenta em seu artigo “numa civilização podem coexistir vários tempos simultâneamente”. Ao analisar o livro didático de história de Alfredo Boulos Júnior,
História-Sociedade & Cidadania do 7º ano do ensino fundamental da Editora
FTD, 1ª edição de 2009 com 288 páginas, na unidade 1, em seu capítulo 2, a partir da página 26 que trata sobre o feudalismo, observa-se que o autor não deu ênfase a questão da temporalidade, analisada no artigo de