Tempo De Igreja E Tempo Do Mercador

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O estudo do tempo é uma invenção fundamental da espécie humana para nortear suas relações, ou seja, a noção do tempo sempre esteve presente na vida do homem, o que varia são os significados atribuídos a ela.
A Igreja Católica representou papel fundamental na formação e consolidação do feudalismo. Era a maior e a mais poderosa instituição do período. Os clérigos medievais, habituados a tomar a bíblia como ponto de partida, consideravam o tempo a partir da tradição legada pelo livro sagrado. Esse tempo teológico começa com deus e é dominado por ele, então, a ação divina está naturalmente ligada ao tempo. No tempo da idade média são as iniciativas de Deus no tempo dos homens. A Escatologia (estudo do fim dos tempos) é um dos aspectos essenciais da noção de tempo e é manuseado pela igreja através de Cristo que trouxe a certeza da salvação (ressurreição).
Já o mercador está submetido ao tempo meteorológico, ao ciclo das estacoes e apesar de ser pragmático, a imprevisibilidade dos cataclismos naturais faz com que ele recorra a preces e práticas supersticiosas. Quando organizada uma rede comercial, o tempo se torna objeto de medida. A duração de uma viagem, o problema dos preços que no curso de uma mesma operação comercial sobem ou descem, fazendo aumentar ou diminuir os lucros, a duração do trabalho operário ou artesanal, tudo isso torna necessária uma regulamentação mais precisa.
O mercador cristão vê o tempo no qual ele age profissionalmente divergente aquele que vive religiosamente. Logo a moral católica medieval tinha como verdadeiro que "é difícil não pecar quando se exerce a profissão de comprar e vender". Por isso, a Igreja procurou coibir as ambições dos mercadores, sempre preocupados com o lucro, impondo o justo preço e condenando a usura.
Pelo texto inferimos que a igreja demarcava o tempo e revertia ele por meio de cerimonias de modo a interferir na vida da sociedade coletiva e isso perdura até os dias de hoje. Então são tempos divergentes, mas que

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