Templo de Apolo - Delfos
Segundo a história, e carenciada de fontes precisas, terão existido três templos primitivos àqueles que temos registos destinados a Apolo. Construídos em folhas de louro e ramos, cera de abelhas e asas de aves e em bronze respetivamente, todos eles acabaram destruídos por forças da natureza, como viria a acontecer ao seguinte. Construído por Trofónio e Agamedes viu a sua estrutura original ruir após um incêndio em 548 a.C., no entanto este é o primeiro templo do local que deixou vestígios arqueológicos.
A sua reconstrução seria apoiada pela poderosa família dos Alcmeónidas no século VI a.C.. Apesar da utilização de calcários locais, a fachada leste foi feita com o melhor mármore de Paros, em homenagem a Apolo que é representado no frontão a chegar numa carruagem puxada por quatro cavalos. Ao seu lado figurações de kouroi e korai, e nas extremidades um leão a despedaçar um animal mais fraco.
Escavações de 1875 revelaram que o calcário utilizado no restante edifício foi extraído do Monte Parnaso, tendo sido coberto com estuque nas unificações e imperfeições, mostrando preocupação para que existisse harmonia entre a fachada e o restante templo. Esta pedra com revestimento foi utilizada na Gigantomaquia do outro frontão, numa obra em que sobreviveram alguns fragmentos. O edifício era um hexastilo de estilo dórico, com seis colunas em cada extremidade e quinze nas laterais. Das paredes da naos sobressaia a forma confortável e suave como assentavam os grandes blocos de calcário, não precisando de qualquer tipo de aglomerante para o fazer.
Em 373 a.C., um terramoto destruiria uma vez mais o templo que seria reconstruido pela última vez em 330 a.C.. Numa obra de Spintharos, Xenodoros e Agáthon cujos restos podem ser vistos até hoje.
O templo media 21.6m por 58.2m e correspondia a um projeto períptero, incluindo uma rampa que dava acesso a um pronaos na frente do templo e um opistódomos fechado na parte traseira. A rodear o estilóbato, trinta e oito