TEMPERABILIDADE
Ensaio de Temperabilidade Jominy
Introdução
Para que tenhamos a máxima dureza em uma peça de aço é necessário que tenhamos amicroestrutura composta unicamente por martensita. Esta microestrutura, entretanto somentepoderá ser conseguida se pudermos eliminar as transformações da austenita que são dependentesda difusão como é o caso da transformação perlítica e da transformação bainítica. Isto só pode serconseguido se tivermos um resfriamento suficientemente rápido. Existe um certo número de fatores que afetam as velocidades de resfriamento e portanto, aformação de martensita, com a conseqüente variação considerável de dureza ao longo da seção dapeça ou ao longo de seções idênticas fabricadas com aços de diferentes composições. O conceito detemperabilidade trata do segundo caso.Segundo alguns autores, temperabilidade pode ser definida como "a susceptibilidade deendurecimento por um resfriamento rápido" ou ainda como "a propriedade, nas ligas ferrosas, quedetermina a profundidade e a distribuição da dureza produzida por uma têmpera". Os dois conceitosenfatizam a dureza como parâmetro de comparação e como já foi salientado acima a origem dadureza é a formação e a presença de martensita, e então temos um terceiro conceito em quetemperabilidade é " a capacidade de um aço se transformar total ou parcialmente de austenita paraalguma percentagem de martensita a uma dada profundidade quando resfriado sob certascondições". Este conceito descreve mais precisamente o processo físico que conduz aoendurecimento.
Na prática industrial, o ensaio Jominy, em metalurgia, é designado para avaliar a temperabilidade de um aço, ou seja, a capacidade de se obter martensita por tratamento térmico de têmpera. Consiste num dispositivo onde se coloca um corpo de prova cilíndrico, austenitizado, sobre um jato de água, até seu total resfriamento. Em seguida é feita a medida de dureza ao longo de todo o seu eixo