Temas em Psicologia Social
Sofrimento e doença, bem como o processo de envelhecimento e a morte, tem explicações que vão muito mais além da relação orgânica. Essa relação da cura colocada como “ausência da doença” em uma representação social prescritiva, porém coercitiva pelas próprias práticas de saúde, tem gerado a tendência natural de se pensar a relação saúde doença dessa forma.
No início do Século XX, Freud apontando o papel de conflitos emocionais, gerou uma linha de desenvolvimento teórico denominado “Medicina Psicossomática”, essa base teórica colocou em hipótese a estreita ligação entre a subjetividade, contexto e sua relação com sistemas imunológicos, endócrinos e sistema nervoso central.
Porém, apesar desse desenvolvimento paralelo, o modelo biomédico tornou-se hegemônico, estando presente na maioria das práticas de saúde, colocando a doença como problema do corpo, somente seus aspectos orgânicos.
Percebe-se então um enfoque, a ênfase na cura e na denominada “medicalização da vida”, ao invés da ênfase a prevenção.
A Psicologia tem alcançado e ampliado seu espaço desde a sua regulamentação como profissão no Brasil, sobretudo após a reforma sanitária e a instituição do SUS (Sistema Único de Saúde), a partir de então foi um marco para o olhar sobre o conceito de saúde e doença.
Após a VIII Conferencia Nacional de Saúde em 1986, as profissões de saúde integraram a saúde pública de modo a atuar em instituições, nas quais não havia trabalho em equipe até aquele momento. A Psicologia neste contexto se limitava a atendimento a instituições ambulatoriais e hospitalares de saúde mental, porém, logo ganhou espaço nas UBS (Unidades Básicas de Saúde). Com isso a Psicologia conquista um lugar na saúde pública.
Após a instituição do SUS, foi criado o PSF (Programa Saúde Família), o qual a ideia era de romper com o modelo assistencialista de saúde, que possui como base a atenção curativa. Neste novo modelo, a atenção estaria voltada a atenção básica, nas famílias