Telhado verde
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Mas quem se aventurar no telhado da Biblioteca Municipal de Vancouver, nove andares acima da região central da cidade, vai se encontrar em um campo, e não em um quintal asfaltado. Sinuosas faixas de festuca cobrem o teto, plantadas em uma mistura de solo especial colocada sobre a última laje. É uma espécie de pasto nas alturas. Ao nível do solo, esse jardim de 1 850 metros quadrados - criado em 1995 pela paisagista Cornelia H. Oberlander - já chamaria atenção. Mas, nas alturas de Vancouver, o efeito chega a ser desorientador. Quando vamos ao topo dos edifícios, em geral nosso objetivo é apreciar a vista. No teto da biblioteca, contudo, não posso deixar de sentir que estou dentro da paisagem - esse inesperado matagal no meio de tanto vidro, aço e concreto.
Telhados vivos não são novidade. No século 19, eram comuns em cabanas feitas de gramíneas nas pradarias dos Estados Unidos, e tetos de colmo ainda podem ser vistos em casas de madeira no norte da Europa. Todavia, nas últimas décadas, arquitetos e construtores de todo o mundo começaram a adotar telhados com cobertura vegetal, não por sua beleza - ela é quase que um efeito colateral -, mas por sua praticidade e sua capacidade de mitigar os problemas ambientais comuns em telhados