Televisão e as novas mídias
Tratada por muitos como a maior invenção tecnológica de todos os tempos, sendo comparada ao surgimento da televisão, na década de 1950, a internet como conhecemos hoje surgiu em 1969, em plena Guerra fria. O autor francês Pierre Levy, em seu livro A Virtualização da Comunicação (2000), mostra como ao longo dos anos essa invenção possibilitou a globalização da informação.
Pelo seu caráter puramente militar, utilizada para a comunicação entre as bases do governo norte-americano, e mais a frente seu uso acadêmico, voltado para a pesquisa e troca de informações científicas entre universidade também dos EUA, poucos visionários vislumbravam seu potencial para o desenvolvimento da informação e da comunicação (LEVY, 2000) e mesmo assim não se podia imaginar que este novo e ainda recente meio de comunicação um dia viria a ter tanta influência no conteúdo informativo produzido pelas redes de televisão.
Em 1990, Tim Berners-Lee desenvolveu a internet como a conhecemos hoje, possibilitando assim usuários domésticos pudessem ter acesso à rede mundial.
Hoje, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ??% das moradias brasileiras tem computador, e deste total, ??% possuem acesso a internet. E as TV usam e abusam desse universo informatizado de telespectadores para pedir que participem, mandem opiniões, vídeos, fotos, sugestões de matérias, deixem seu recado nas páginas dos telejornais.
Porém, em um universo de 190 milhões de brasileiros, qual a verdadeira parcela da população está verdadeiramente representada por esta interatividade proposta?
Quando a TV abre espaço para que o telespectador participe, está mudando um modelo utilizado há mais de 50 anos, e que até então dava certo. Porém, a geração mais jovem, que nasceu na era da internet, não se contenta em apensar assistir. Ela quer participar, dar opinião, se ver representada.
E se a TV não dá essa oportunidade, ele corre para o computador. Recorre às redes sociais, como sites de