Teletransporte quântico e computação cega
Desde que o homem inventou o primeiro meio de se locomover mais rápido, vários meios de transportes foram sendo inventados e aperfeiçoados, contudo todos eles envolvem percorrer distâncias físicas. A ficção ciêntifica alimentou a ideia de uma forma de se locomover sem precisar percorrer distância alguma: o teletransporte.
O teletransporte deixou de ser ficção para se tornar ciência quando, em 1933, o físico
Charles Bennette publicou no anual American Physical Society um artigo sobre a possibilidade do teletransporte. Charles, pesquisador da IBM na época, e sua equipe de seis cientistas confirmaram que, em teoria, o teletransporte quântico seria possível se o objeto transportado fosse destruído no processo. Nos anos subsequentes, uma gama de experimentos foi realizada em uma grande variedade de sistemas quânticos, provando experimentalmente a possibilidade do teletransporte.
Saindo da definição do mundo da ficção, atualmente o que se tem é o teletransporte quântico onde os objetos em si não são movidos. Em vez disso, sua informação – codificada em um estado quântico – desaparecia de uma partícula na Terra e reapareceria em uma partícula no espaço. O esquema exige três fótons. Um, o fóton de entrada, para ser teletransportado, e dois outros, entrelaçados e separados. Para poder falar sobre como funciona o teletransporte propriamente dito antes precisamos conhecer os conceitos de entrelaçamento e do Princípio de incerteza.
Entrelaçamento
Erwin Schrödinger foi o criador do conceito de entrelaçamento que o definiu como uma capacidade de sistemas quânticos de exibirem correlações que não podem ser explicadas de forma clássica. Schrödinger falando sobre o entrelaçamento escreveu: "Quando dois sistemas, cujos estados conhecemos através de seus representantes (funções de onda), entram em