Telecomunicações
Posted by Belo on Ago 15, 2010 in Telecomunicações
Os telemóveis são um verdadeiro fenómeno em Angola. Segundo a consultora de telecomunicações, Informa, Telecoms & Media, num estudo realizado para a África e Médio Oriente, a penetração dos telemóveis na população angolana é de cerca de 44%, enquanto os serviços pré-pagos levam a melhor sobre os pós-pagos: cerca de 99% dos utilizadores recorrem ao famoso “saldo”, como são conhecidas as recargas (cartões pré-pagos onde é necessário raspar o código) entre a população, que tanto são vendidas nas lojas como nas ruas.A verdade é que, desde o mais rico ou mais pobre, a população usa intensivamente o telemóvel e adere aos serviços dos operadores, cada vez mais criativos, conhecidos por nomes de código populares como “carrega aí” (para quem precisa de carregamento) ou “liga só” (para quem precisa que lhe liguem, mas não tem saldo) por parte da Unitel ou “fale bué, ganhe bué” (uma campanha de fidelização) da Movicel.Duopólio Unitel versus Movicel
Os números do negócio são, porém, para se levar muito a sério. No final do ano passado, existiam 7,98 milhões de subscritores da rede móvel em Angola, o que representa um crescimento de 17,6% em relação a 2008. Para os autores do relatório, o mercado angolano é ainda um “duopólio” partilhado entre as operadoras nacionais Unitel e a Movicel. A Unitel domina o mercado desde 2004, detendo cerca de 70% de quota. A Movicel tem registado um desenvolvimento mais lento, não só devido às limitações tecnológicas (usa a tecnologia CDMA em vez da GSM), mas também pelo facto de ter passado recentemente por uma reestruturação accionista. Segundo os analistas, “o uso de tecnologia diferente reduz a probabilidade de os assinantes da Unitel migrarem para os da Movicel”. No entanto, é sabido que esta operadora abandonará a