Telecirurgia
Skinovsky et al.
Realidade Virtual e Robótica em Cirurgia
ISSN 0100-6991
Rev. Col. Bras. Cir.
REALIDADE VIRTUAL E ROBÓTICA EM CIRURGIA – AONDE CHEGAMOS E
PARA ONDE VAMOS?
VIRTUAL REALITY AND ROBOTICS IN SURGERY: WHERE WE ARE AND WHERE WE
ARE HEADING
James Skinovsky, TCBC – PR¹; Maurício Chibata, TCBC – PR²;
Daniel Emilio Dalledone Siqueira³
INTRODUÇÃO
vários anos; desde os anos 40, programas de simulação têm sido utilizados para avaliar e certificar pilotos da aviação militar e comercial. Durante os últimos anos, a RV tem avançado para o campo da medicina, prometendo tornar -se nos tempos que virão, a próxima grande revolução no ensino médico.
Os primeiros movimentos no sentido da aplicação do mundo virtual no campo cirúrgico aconteceram na primeira metade da década de 90, já então anunciados pelo profeta da tecnologia médica, Richard Satava, em seu estudo “Robotics, telepresence and virtual reality: a critical analysis of the future of surgery”1, publicado em 1992.
No treinamento cirúrgico, em decorrência de problemas jurídicos, os aprendizes têm pouca oferta de operações para treinamento, levando à prática deficiente e à queda na auto-confiança. Com o aumento do grau de dificuldade dos procedimentos operatórios ofertados no mundo moderno, torna-se imperativo que os aprendizes tenham uma arena para seu aperfeiçoamento; com o advento desta tecnologia, isto tornou-se realidade.
Diversos estudos ao redor do globo tem demonstrado que as habilidades a serem adquiridas pelos cirurgiões que se iniciam em vídeocirurgia são realizadas de maneira mais rápida com o uso dos simuladores cirúrgicos, pois além da exaustiva repetição, os treinandos são avaliados pelo próprio programa, fazendo com que suas imperfeições sejam reconhecidas e corrigidas de maneira efetiva2-9.
Os atuais simuladores já permitem que o treinando experimente a sensação tátil individualizada por tecido, o chamado biofeedback, aproximando