Teilhard de Chardin
Mas em termos de ação humana, sempre lembremos que também existe o âmbito das reações, de modo que muitas vezes somos envolvidos por forças conjunturais que engatilhamos anteriormente.De certo modo, a própria atividade que flui de nós se exerce enquanto uma vontade de expansão de nosso ser. Como a própria palavra delimita, a energia flui de nossa pessoa, ou seja, é advinda de um outro local ou de uma outra origem e “deságua”, ou melhor, permite que nossas intenções se transformem em ações harmônicas.
Dentro do escopo do catolicismo, as ações humanas podem ser santificadas, e elas são santificadas por meio de uma vida em Cristo, que se aproxime na pática dos conselhos de Cristo.
Mas é um engano pensar que apenas as ações religiosas, como os rituais de oração, caridades, etc, são santificáveis, já que tudo o que é praticado na vida deve ser levado em consideração, segundo as palavras do filósofo Leibniz, em sua obra Da Origem Primeira das Coisas: “que nenhuma das nossas ações está esquecida e tudo foi levado em conta, até as palavras inúteis ou uma colherada de água bem empregada”.
Porém, será que a vida cotidiana, das ações terrestres, não podem ser encobertas e até mesmo afastadas pela grandeza do divino e seu brilho infinito? Como conciliar a narrativa bíblica, que possui muitos pontos em comum com as epopeias gregas, e nossos limitados horizontes existenciais e pragmáticos? Existiria aí uma diferença de intenções nos afazeres da fé e na subsistência corrente?
Para as perguntas elencadas acima, existem ainda os ensinamentos que endossam ainda mais o clima de hesitação presente na subjetividade cristã. Tais teses dizem, há milênios, que o homem jamais poderá experimentar as alegrias eternas do além-vida,