Cosmologia virtual
A concepção de computadores mudou conforme os tempos. Se antes era visto como um pedaço de sucata de metal com algumas funções determinadas a serviço do ser humano, hoje ele é considerado como virtualização e mediação humana.
Computadores são vistos como médium (meio), que correspondem mais apropriada ao modo como o corpo humano trabalha, que se assemelham ao modo como a pessoa humana responde física, psicológica e socialmente. Computadores que respondem como a mente humana trabalha como a pessoa humana se comporta como a pessoa humana vive[1].
Pierre Teilhard de Chardin teorizou a presença do computador na vida humana e ampliando a comunicação dos mesmos. “Teilhard iniciou sua teoria da comunicação baseando-se no funcionamento da mente humana”.[2] Com o conhecimento que o cérebro humano é extremamente complexo por conta de seus bilhões de neurônios formando assim uma “rede neuronais”.
“Teilhard argumentou que nós somos parte do universo. Como parte da criação, o homem estabelece relações consigo, com os outros, como universo e com o Criador, virtualmente[3]”.
A tecnologia para Teilhard é comparada com a comunicação humana em uma dimensão invisível, contida de símbolos e metáforas. A comunicação vai além do tempo e do espaço, vai além dimensões que interferem nas relações humanas como artísticas, psicológicas, espirituais, entre outros.
Como essa comunicação não visível se realiza nas relações humanas sem que sejam percebidas, Teilhard as define como virtuais necessárias para o desenvolvimento humano.
Para Teilhard, o desenvolvimento da consciência eletrônica é parte necessária do desenvolvimento humano, seja individualmente, em grupo ou como civilização. Para ele, a máquina eletrônica, que mais tarde será chamada computador, é um instrumento criado à imagem da mente humana e que, portanto, é virtualmente criado e, por isso,