Teia da vida
Texto Referência: “Enfermagem: O Poder do Cuidado”
ENFERMAGEM
O PODER DO CUIDADO
Várias áreas do conhecimento têm tentado clarear o significado do conceito de poder, o que tem resultado em uma profusão de definições, por vezes conflitantes, nenhuma delas totalmente exaustiva. A confusão em torno de seu significado é agravada pela conotação negativa, de influência coercitiva, que o termo costuma evocar, ao invés de se vincular a uma qualidade que permite ou facilita o alcance ou realização de algo (1-2).
A literatura da Enfermagem também o discute, quase sempre focalizando a falta de poder, ou a inabilidade da profissão para usar o poder, seja o que tem ou o que poderia ter. Costuma-se, ainda, inter-relacionar o conceito com profissionalismo, por se acreditar que o poder reside no conhecimento e expertise relacionados com os domínios técnico, científico e interpessoal da prática profissional. Nessa acepção, ter poder permite que os profissionais da Enfermagem orientem sua prática e atuem de modo autônomo. Assim, aqueles que reconhecem e usam esse poder estão mais aptos a atingir metas pessoais e profissionais e a contribuir para que a profissão cumpra seus objetivos de servir à sociedade, além de promover a prática, o ensino e a pesquisa da área. Quando o poder não está presente ou não é utilizado, a decisão sobre o que É a Enfermagem e sobre o que os profissionais da área fazem ou deixam de fazer é tomada por outros, em geral externos à profissão (1).
Inegavelmente, há poder envolvido na prática da Enfermagem e na relação terapêutica que se estabelece entre os profissionais da área e a clientela. Existem pelo menos três dimensões de poder que os profissionais precisam ser capazes de desenvolver, de modo a contribuir para a qualidade do cuidado: poder sobre o conteúdo, sobre o contexto e sobre a competência da prática da Enfermagem (3).
Quanto ao conteúdo, o poder sobre ele é um atributo que se deve cultivar, se a meta é um exercício