Tectonica de placas
Na teoria da tectónica de placas a parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui a crosta e a zona solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera, que inclui a parte mais interior e viscosa do manto. Numa escala temporal de milhões de anos, o manto parece comportar-se como um líquido superaquecido, mas em resposta a forças repentinas, como os terramotos, comporta-se como um sólido rígido.1
A litosfera encontra-se fragmentada em várias placas tectónicas e estas deslocam-se sobre a astenosfera.2
Esta teoria surgiu a partir da observação de dois fenómenos geológicos distintos: a deriva continental, identificada no início do século XX por Alfred Wegener,3 e a expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira vez na década de 1960.4 A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos anos 60, por Robert Palmer e Donald Mackenzie 5 , e desde então tem sido universalmente aceite pelos cientistas, tendo revolucionado as Ciências da Terra (comparável no seu alcance com o desenvolvimento da tabela periódica na Química, a descoberta do código genético na Biologia ou à mecânica quântica na Física).
O princípio chave da tectónica de placas é a existência de uma litosfera constituída por placas tectónicas separadas e distintas, que flutuam sobre a astenosfera. A relativa fluidez da astenosfera permite que as placas tectónicas se movimentem em diferentes direcções.
As placas contactam umas com as outras ao longo dos limites de placa, estando estes comummente associados a eventos geológicos como terramotos e a criação de elementos topográficos como cadeias montanhosas, vulcões e fossas oceânicas. A maioria dos vulcões activos do mundo situa-se ao longo dos limites de placas, sendo a