Tecnólogo em Radiologia
Entretanto, as radiações beta (β) e gama (γ) podem interagir com as células do organismo, em virtude das altas energias que apresentam. Assim, essas emissões nucleares podem fazer com que as moléculas do corpo percam elétrons, formando íons, ou, ainda, podem fazer com que tenham as suas ligações rompidas, originando radicais livres, que são espécies com elétrons desemparelhados, conforme exemplificado a seguir no caso de uma molécula de água atingida por radiação:
Os radicais livres formados podem degradar as células, causando até reações químicas nocivas que causam uma divisão celular acelerada, que, com o tempo, pode gerar a formação de tumores, anemias e mutações genéticas.
Exames de raios X (outro tipo de radiação) podem, em excesso, causar efeitos biológicos também.
Tipo de tecido vivo atingido: alguns tecidos são mais sensíveis que outros, como os da medula óssea, dos órgãos reprodutores, do tecido linfático, das membranas mucosas intestinais, das gônadas, do cristalino dos olhos e das células responsáveis pelo desenvolvimento em crianças.
Quanto mais jovem for o paciente, maior é o risco de ele sofrer alterações genéticas ao se submeter a exames, como raios X. É por isso que se aconselha que mulheres em idade fértil somente realizem exames, como radiografias, quando estiverem menstruadas. Do contrário, é necessário proteger a região que envolve os órgãos sexuais com um avental de chumbo, pois pode haver uma gravidez ainda não conhecida. Mulheres grávidas não devem fazer radiografias na bacia ou no abdome.
Além disso, a relação entre dosagem da radiação e efeitos biológicos varia com a espécie de ser