Tecnologia
Para enfrentá-lo vale espiar o artigo de dois professores de Oxford que dizem que na próxima década 47% de todos os empregos dos Estados Unidos serão automatizados (bit.ly/1wNq7Yy). Para entender o porquê, o professor do MIT Erik Brynjolfsson entra em cena.
Ele diz que estamos prestes a entrar em um momento de aceleração exponencial de um tipo muito peculiar de inovação: a capacidade das máquinas de desempenhar tarefas que acreditávamos ser possíveis apenas para nós, humanos, como dirigir veículos, entregar mercadorias, tarefas de linguagem, atendimento médico inicial, e é claro, centrais telefônicas. Ele chama essa nova onda de “a segunda era das máquinas”.
Há duas diferenças importantes sobre ela. A primeira é a disponibilidade de um grande volume de dados. Com eles, as máquinas podem aprender em detalhes como fazemos as coisas. Se a desigualdade vai aumentar com o avanço tecnológico, qual a solução?
Uma resposta vem da economista Mariana Mazzucato, que foi apelidada de “herege” pela revista “Forbes”. Sua heresia é acreditar que o Estado tem um papel a desempenhar nessa charada. Autora do livro “O Estado Empreendedor”, ela lembra que todas as principais tecnologias embarcadas nos smartphones foram financiadas por recursos públicos: o GPS, a tela sensível ao toque, o sistema de reconhecimento de voz e a própria internet.
Mariana faz questão de reforçar o papel do estado como investidor de risco, e não só como garantidor do investimento dos outros. O setor público costuma ficar com os prejuízos, mas não com o lucro gerado pelo risco.
Na visão dela, o Estado deveria perceber o capital gerado pelos investimentos em