TECNOLOGIA E DESTRUIÇÃO DOMEIO AMBIENTE
A tecnologia foi, desde os primórdios, a chave do desenvolvimento econômico. Ela libertou as sociedades humanas das restrições impostas pelo meio natural. Do machado e da enxada no paleolítico Superior, passando pela irrigação e da metalurgia no Neolítico- até máquina a vapor, a eletricidade e o motor de combustão interna-, as sociedades ampliaram a capacidade produtiva do trabalho e a base material de riquezas.
Nesse percurso, as sociedades humanas subordinaram e transformaram a natureza. Os vales irrigados dos rios tigres, Eufrates e do Nilo são criações do homem assim como, a transformação européia, gerada pela devastação das florestas e pela utilização do carvão vegetal na siderurgia medieval. Contudo, só com a Revolução Industrial, o potencial atingiu um patamar capaz de causar alterações ambientais de grandes proporções. No século XX, a poluição do ar, da água, a derrubada das florestas e o esgotamento dos solos transformaram-se em fatos mundiais.
O conceito de desenvolvimento econômico da civilização industrial valorizou acima de tudo a multiplicação quantitativa de produção e do consumo. Nas economias capitalistas, o progresso foi identificado como lucro empresarial. Nas economias estatizadas, ele era sinônimo de industrialização pesada. O lucro capitalista e o produtivismo socialista excluíram o meio ambiente da pauta de preocupações econômicas e políticas. As medidas internacionais de desenvolvimento econômico (PIB e o PNB) não consideram os problemas ambientais causados pelo crescimento da produção de mercadorias e dos males advindo do excesso de consumo.
A crise ecológica global é também, uma crise do conceito de desenvolvimento econômico. No mundo todo, uma nova consciência ecológica invade a esfera da política e questiona as noções tradicionais de progresso. A tecnologia trouxe facilidade e conforto para se viver, mas para isso estamos pagando caro. Desde o lixo radioativo, as baterias de celulares, as