Tecnologia itaipu
Coube a Marcondes Ferraz, em 1962, a iniciativa de aconselhar o aproveitamento brasileiro de Sete Quedas, transformado na decisão, em 1966, de protocolo celebrado entre os ministros de Relações Exteriores do Brasil, Juracy Magalhães e do Paraguai, Raul Sapena Pastor. Dizia o documento que a energia elétrica produzida será partilhada em partes iguais entre os dois países, com direito de preferência para a aquisição, a preço justo, de toda a energia não necessária para atender às necessidades do outro. Permaneciam, não obstante, os antigos ressentimentos oriundos da guerra do Paraguai. O governo brasileiro designou, então, Gibson Barbosa, para nosso embaixador em Assunção, tendo avançado nas tratativas com o presidente Stroessner. Os trabalhos foram culminados em 1973, com o projeto de construção da usina hidroelétrica no Canyon do rio Paraná que recebe a denominação de Itaipu (em tupi, "ita" designa pedra, "i", água/rio, e "paba", sufixo coletivo, formando a palavra que significa "o lugar onde há muita pedra e água").
Descontentes com a iniciativa, os argentinos procuravam inviabilizar a obra, sob o protesto de que um projeto como Itaipu exigia "consulta prévia" aos argentinos, a fim de que apurassem se a construção não iria causar-lhes prejuízo considerável. Chegaram, inclusive, à tentativa de dissolver o tratado de Itaipu, pedindo o bloqueio do financiamento do Banco Mundial para a obra. Desse desentendimento, nasceu o Acordo Tripartite, que assegurou à Argentina os seus direitos sobre o rio Paraná.
A problemática foi levada à ONU e aos demais países da América Latina e, obtidas as anuências, surgiu um projeto de resolução, aprovado por unanimidade.
Com a criação da Itaipu Binacional, foi delegada à empresa a responsabilidade de execução da obra, inaugurada em 5 de maio de 1984, com a potência instalada de 14 mil MW (megawatts), com 20 unidades geradoras de 700 MW.
Logo de início, o Paraguai